Belmiro de Azevedo empresário do
Norte, homem de negócios, que sabe o que quer, não tem “papas na língua” e diz
o que já toda a gente viu, que esta última medida apresentada por Pedro Passos
Coelho, não leva a mais crescimento, até pelo contrário, não vai criar mais
emprego, quanto muito, poderá ajudar a manter o que existe, ele vai beneficiar
com esta medida 20 milhões de euros, mas a economia vai perder.
Só não entendo, o porquê desta
obsessão por parte deste Governo em desmantelar a nossa economia.
Por muito que estejam vendidos à troika e à Merkel, não justifica que não exista um pouquinho de patriotismo na
sua cabeça.
Pessoalmente, acho que estas atitudes do
Governo, corresponde à atitude que teve aquele meu antigo cliente de Beja
Francisco Esperança, que assassinou toda a família, para resolver o problema
que tinha com o seu endividamento. Acho que estamos todos com a “catana acima
do pescoço” e só falta Pedro Passos Coelho baixar o braço para resolver de uma
vez por todas o problema da dívida.
Se a esmagadora maioria dos
economistas que existem na nossa praça, já disseram que estas medidas
recessivas não nos fazem sair desta crise, que é europeia e não portuguesa,
grega ou espanhola, mas pune-se um povo pela má decisão qua houve ao longo dos
tempos.
Quanto a responsáveis pela nossa
situação actual, estão aqui representados neste gráfico do Instituto de Gestão
da Tesouraria e do Crédito Público.
Portanto, quem atira a pedra, não deve
esconder a mão!
Não quero dizer que não tenhamos de
pagar o que devemos, mas temos a obrigação de demonstrar aos nossos parceiros
europeus e aos nossos credores, que as medidas que nos estão a obrigar a seguir
estão erradas.
Queremos pagar o que devemos, mas
temos de ter uma economia a funcionar, para gerar dinheiro, a fim de ser
possível cumprir os compromissos assumidos.
Belmiro de Azevedo
lamenta “erros permanentes” nas medidas tomadas
11.09.2012
- 09:00 Por Lusa
Fonte:
Jornal Público
Belmiro
lembra que "quando se tira dinheiro ao povo falta dinheiro para comprar
coisas"
O
chairman da Sonae, Belmiro de Azevedo, disse na segunda-feira que Portugal não
tem uma estrutura de avaliação dos impactos das medidas que implementa,
alertando que apenas se faz “navegação à vista” e há “erros permanentes”.
À
margem da conferência “Portugal e os Desafios da Segurança Energética”, no
Porto, Belmiro de Azevedo foi questionado pelos jornalistas sobre se a descida
da Taxa Social Única (TSU) para as empresas, anunciada na sexta-feira pelo
primeiro-ministro, vai ajudar à criação de emprego. “Portugal não tem uma
estrutura estatística nem de avaliação dos impactos. Quando se faz uma coisa, o
que é que altera no outro lado? E esse é que é o problema. Nós verificamos que
há erros permanentes”, respondeu.
O
presidente do conselho de administração da Sonae (proprietária do PÚBLICO)
questionou o que é que acontece com a economia “quando se sobe uma taxa ou se
desce uma taxa”, afirmando, por exemplo, que “quando se tira dinheiro ao povo
falta dinheiro para comprar coisas, quer seja na economia quer seja nas
empresas”. “Isso depois tem um impacto tremendamente negativo para a actividade
económica, que desaparece. Nós não temos instrumentos de estudo em Portugal
como muitos países têm. É tudo navegação à vista. Faz, não dá certo, corrige
porque não há informação”, sublinhou.
Na
opinião de Belmiro de Azevedo, Portugal tem “um problema, mais genericamente
falando, que é de arranjar algum dinheirinho para resolver esse tipo de
problemas”, referindo-se à questão do emprego.
“Portugal
é um país relativamente pequeno. Nós temos é que melhorar a rentabilidade
daquilo que é nosso. Da floresta, do mar, da agricultura e deixemo-nos de
devaneios. Já temos estradas que cheguem. E isso resolve até problemas sociais
importantes, porque nós podemos empregar muitos trabalhadores portugueses em
tarefas muito interessantes”, sugeriu.
Segundo
notícias divulgadas na segunda-feira, que dão nota das contas feitas pelo BES
Investimento, as empresas mais endividadas e com mais mão-de-obra vão ser as
mais beneficiadas com a redução da TSU de 23,75% para 18%. Entre as cotadas no
PSI20, Sonae, BCP e EDP são as que mais beneficiam com a redução da TSU,
poupando a empresa de Belmiro de Azevedo 20 milhões de euros, de acordo com o
mesmo estudo.
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