Austeridade para todos...
Freitas do Amaral disse no Jornal da
Noite da CIC Notícias do dia 19-09-2012, que achava bem que o Governo começasse
a fazer cortes nas despesas públicas, com excepção da Educação, na Saúde e na
Segurança Social. Cortes nos Órgãos de Soberania de 10 a 15%, no Governo,
Assembleia da República, Presidência da República, Poder local, com as Forças
Armadas, nomeadamente suspender as missões Internacionais em que estamos
empenhados, alegando as dificuldades que estamos a passar, cortes na cooperação
com os PALOP’s e caso seja necessário, criar um imposto extraordinário
progressivo, deixando de fora os salários e pensões abaixo dos 1.000,00 €.
Estas medidas, são partilhadas por
muita gente neste País, pois o que se passa, é que só se aumentam os impostos,
a luz, os transportes públicos, os combustíveis, etc… Mas os ordenados são
sempre do mesmo valor, pelo que o poder de compra e de sobrevivência, para
muita gente começa a ser muito complicado.
A questão é sempre a mesma, os
políticos criam a austeridade, mas para eles isso não existe, pois acabam
sempre por dar a volta à situação, basta ver o que acontece, quando não podem
aumentar salários para eles próprios, fazem-no de outra forma, aumentam as
ajudas de custo, que no fim vai dar ao mesmo. Todos nós pagamos esse aumento e
eles metem ao bolso mais dinheiro, no fim de cada mês.
É por coisas desse género que a
esmagadora maioria dos portugueses, deixaram de acreditar nos políticos deste
País, pois caso isso não acontecesse, não havia sondagens do género das que dão
o resultado seguinte:
Eu não diria que os portugueses estão
desiludidos com a democracia, mas sim com os políticos portugueses. A
democracia é fundamental e todos nós (os que viveram no tempo do Estado Novo)
não queremos nem pretendemos que volte a ditadura. A liberdade custou muito a
conquistar e não abrimos a mão dela novamente.
Nesta altura, já existe uma quantidade
gigantesca de pessoas, que dizem que este Governo é pior que o Governo
Sócrates, daí podemos tirar a ilação que este já chegou ao fim,
independentemente da coligação se manter ou não. A credibilidade deste
primeiro-ministro acabou.
Não se entende que o Governo altere a
comparticipação para a Segurança Social, tirando aos trabalhadores para
entregar de mão beijada aos patrões. Esta medida nem sequer agrada aos patrões,
pelo que só uma cabeça diabólica, pensa em semelhante atitude. Há incompetência
nos governantes ou nos seus assessores, que dão estas ideias não sei muito bem
com que intuito. Talvez a subserviência à Alemanha, seja maior do que o que
todos nós pensamos.
No espaço de duas semanas ouvi duas
pessoas a dizer a mesma coisa, cortar benefícios aos políticos (Maria de Belém
Neto) e agora Freitas do Amaral a dizer que é necessário cortar entre 10 e 15%
nas despesas dos Órgãos de Soberania em geral.
Se o Governo quiser amaciar um pouco
esta onda de protesto, terá de enveredar por esse caminho, caso contrário,
ninguém irá aceitar o que quer que seja, que nos seja imposto pelo Governo.
É necessário retomar o crescimento
económico, o que quer dizer, que o Governo tem de mudar de assessores e ir
buscar aqueles que dizem como se faz isso. Eles sabem quem são e onde estão, só
é preciso ter coragem para enfrentar os correligionários que querem “tachos” e
não os podem ter.
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