PPPs


Até pode haver cláusulas secretas nos contractos das PPP, mas isso não implica que o Governo que tanto criticou as PPP, venha agora fazer mais uma de um hospital em Lisboa e que não tenha resolvido em definitivo a situação das PPP.
O que penso sobre este assunto, é que qualquer governante está vendido ao poder das empresas e dos bancos, daí que não querem problemas, a fim de num futuro mais ou menos próximo, ter um “tacho” numa dessas empresas.
A nossa classe política é muito “reles”, está-se borrifando para o povo, desde que as coisas funcionem com eles. Não existe nenhum pudor nesta gente, têm lata para tudo, têm um poder de encaixe como formidável, não existe ética, hoje dizem uma coisa amanhã desmentem, com a maior cara de pau, como se estivessem a dizer uma grande verdade.
António Barreto, mandou tudo isto para as ortigas, não esteve com contemplações, é um homem íntegro e como tal distanciou-se da política. Não quer dizer que não comente, pois todos nós somos comentadores, assim como treinadores de bancada, faz parte da nossa mentalidade, mas na verdade é que temos de tirar o chapéu a quem teve a coragem de bater com a porta, quando viu que a política não era aquilo pelo qual ele tinha ideais.
Quanto às PPP, o ministro Gaspar, não tem “bolas” para resolver o assunto em definitivo, nem ele nem Passos Coelho, são dois badamecos nas mãos dos poderosos deste país.


António Barreto denuncia "cláusulas secretas" nas Parcerias Público Privadas
Publicado às 13.21
Fonte: JN
O sociólogo António Barreto denunciou, esta quarta-feira, a existência de "cláusulas secretas" nos contratos das Parcerias Público Privadas, considerando que "não é aceitável" que haja condições escondidas em contratos de "um Estado democrático".
"Eu sei há muito tempo, por acaso há quatro anos que sei, que há cláusulas secretas nas PPP", declarou aos jornalistas o sociólogo António Barreto, à margem do 4.º Congresso Português de Demografia, que decorre esta quarta e quinta-feira, em Évora.
O sociólogo e antigo ministro da Agricultura advertiu que "não é aceitável que um Estado democrático tenha cláusulas secretas", vincando que "não pode haver cláusulas secretas em contratos do Estado".
António Barreto limitou-se a dizer que o atual Governo, "já que as criticou em tempos, a primeira coisa que devia fazer era tornar todas as cláusulas transparentes".
Segundo os dados mais recentes do boletim da Direção-Geral de Tesouro e Finanças, divulgado em maio, os encargos públicos com as PPP cresceram 28,8 por cento no primeiro trimestre, em comparação com o mesmo período de 2011, totalizando 323,8 milhões de euros.
O Governo está atualmente a renegociar os contratos de algumas PPP.

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