As cigarras e as formigas...
Concordo perfeitamente com o ministro
Miguel Macedo, “Portugal é um País de muitas cigarras e poucas formigas” e o
exemplo como sempre está lá no cimo da hierarquia.
Comecemos pela Assembleia da República
e a sua Presidente Assunção Esteves:
É a típica cigarra!
Passou uma grande parte da sua vida a
estudar para se formar:
Estudou
no Externato Municipal de Valpaços e no Liceu Nacional de Chaves. Integrou o
grupo de basquetebol, equipa em que era avançada. Ganhou os Prémios do Liceu
dos anos em que o frequentou (1972-73, 1973-74). Foi bolseira do DAAD na
República Federal da Alemanha por três vezes. Fala Inglês, Francês e Alemão. É
licenciada em Direito (1980) e Mestre em Ciências Político-Jurídicas pela
Faculdade de Direito de Lisboa (1989). Assunção Esteves é membro da Sociedade
Portuguesa de Filosofia.
Fonte: Wikipédia
Trabalhou
nove anos e reformou-se! Grande cigarra!
Foi
a primeira Juíza Conselheira do Tribunal Constitucional de Portugal, função que
exerceu entre 1989 e 1998. Está neste momento reformada desse cargo.
Foi
Assistente de Direito Público na Faculdade de Direito da Universidade de
Lisboa, em Direito Constitucional e Direitos Fundamentais entre 1989 e 1999.
Portanto, esta senhora, trabalhou
efectivamente 9 anos, depois dessa “eternidade”, reformou-se, para que as
formigas prosseguissem o seu trabalho.
Passemos a outra cigarra, Miguel
Relvas:
Este estudou pouco, não perdeu muito
tempo da sua formação académica!
Viveu
em Angola até 1974. De novo em Portugal, frequentou o Colégio Nun'Álvares, em
Tomar.
“Retornado de Angola”, não sei o que é
que estudou por lá ou se estudou, mas quem nasceu a 5 de Setembro de 1961, não
pode ter estudado muito, devia ter regressado a Portugal com o Ciclo
Preparatório. Em 1984 inscreveu-se pela primeira vez na Universidade. Nesse
intervalo de tempo, foi militante activo da JSD, colou muitos cartazes nas ruas,
como é frequente nas “jotas”.
Na Wikipédia, não consta nenhuma
profissão, além da de político é claro.
Possivelmente, dentro em breve estará
a pedir a reforma e a sua subvenção vitalícia, porque como político, tem
direito a essas mordomias todas e mais algumas.
Outra
cigarra!
Passemos agora ao primeiro-ministro:
Nasceu
a 24 de Julho de 1964.
Curriculum profissional:
É
licenciado em Economia pela Universidade Lusíada de Lisboa, desde 2001.
Anteriormente já tinha trabalhado na Quimibro, empresa que se dedica ao trading
nos mercados de metais, de José Bento dos Santos, entre 1987 e 1989, e iniciado
a sua actividade de consultor na Tecnoforma, em 2000. Em 2001 tornou-se
colaborador da LDN Consultores, até 2004. Dirigiu o Departamento de Formação da
URBE - Núcleos Urbanos de Pesquisa e Intervenção, entre 2003 e 2004. Em 2004
Ângelo Correia convida-o para ingressar no Grupo Fomentinvest, onde será
director financeiro, até 2006, e administrador executivo, entre 2007 a 2009.
Foi também presidente do Conselho de Administração das participadas Ribtejo e
da HLC Tejo, a partir de 2005 e 2007, respectivamente. Entre 2007 e 2010
leccionou no Instituto Superior de Ciências Educativas.
Fonte: Wikipédia.
Portanto, o trabalho é conseguido por
cunhas e não como o que acontece com qualquer cidadão, mas também por isso
passou o devido tempo e seguiu a carreira política na JSD.
Passemos ao autor da frase “Portugal é
um País com muitas cigarras e poucas formigas”:
Nasceu a 6 de Maio de 1959, tem como
percurso académico e político o que segue abaixo, enquanto não se conhece
carreira profissional.
É
Militante do PSD desde jovem, Miguel Macedo foi Dirigente da JSD. Foi Eleito Deputado
entre 1987 e 2002, regressando ao Parlamento em 2005, sempre pelo círculo de
Braga. A sua primeira experiência governativa aconteceu no primeiro Governo de
Maioria Absoluta de Cavaco Silva, como Secretário de Estado da Juventude do
Ministro Couto dos Santos, entre 1990 e 1991.
Integrou
depois, entre 2002 e 2005, os Governos de Coligação PSD/CDS-PP de Durão Barroso
e de Pedro Santana Lopes, como Secretário de Estado da Justiça, trabalhando
nessas funções com os Ministros Celeste Cardona e José Pedro Aguiar-Branco, seu
antecessor na Liderança Parlamentar do PSD.
Na
Direcção Social-Democrata de Marques Mendes, Miguel Macedo teve como colegas o
actual Presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, que deixou o lugar ao fim de
cerca de um ano por divergências políticas, e Paula Teixeira da Cruz, agora sua
colega de Governo.
Nas
legislativas de 2009, durante a Liderança Social-Democrata de Manuela Ferreira
Leite, ocupou o segundo lugar da lista do PSD em Braga, a seguir a João de Deus
Pinheiro.
Nas
eleições autárquicas realizadas no mesmo ano foi eleito Membro da Assembleia
Municipal de Braga. Anteriormente, foi Vereador da Câmara Municipal de Braga,
entre 1993 e 1997.
Depois
de Pedro Passos Coelho ter sido eleito Presidente dos sociais-democratas, em
Março de 2010, Miguel Macedo foi escolhido para liderar o Grupo Parlamentar do
PSD e nas legislativas de 5 de Junho encabeçou a lista do partido no círculo de
Braga.
Antes
de ser Líder Parlamentar do PSD, Miguel Macedo fez parte da Direcção Social-Democrata
de Marques Mendes, ocupando o cargo de Secretário-Geral, e teve três
experiências governativas.
Actualmente,
exerce as funções de Ministro da Administração Interna no XIX Governo
Constitucional.
Resumindo, este senhor veio com o seu
discurso de inauguração do novo Quartel dos Bombeiros de Vouzela, com a fábula
da cigarra e da formiga, mas esqueceu-se de dizer que esse discurso, tinha como
intuito chegar a toda classe política deste pequeno País. Realmente e em
proporção têm demasiados políticos, vulgo cigarras, e poucas formigas, vulgo
cidadãos trabalhadores.
Como se pode facilmente constatar,
basta procurar no Google pelo nome dos políticos e ficamos a saber quais as
suas carreiras, académicas, políticas e profissionais e rapidamente se descobre
onde estão as cigarras e quantas formigas somos.
Estes quatro exemplos, pode ser
extrapolados para a imensidão de políticos existentes no nosso País e com
algumas excepções, temos uma quantidade gigantesca de “cigarras” para tão
poucas “formigas”!
Portugal não pode ser
“país de muitas cigarras e poucas formigas”, diz Miguel Macedo
23.09.2012
- 15:20 Por Lusa, PÚBLICO
Macedo
admite que as corporações de bombeiros voluntários atravessam dificuldades.
O ministro da Administração Interna, Miguel
Macedo, elogia o “esforço do povo” para ultrapassar a crise e considera que
Portugal não pode ser “um país de muitas cigarras e poucas formigas”. Uma
fábula que diz ser “pedagogia para os tempos difíceis”.
Miguel
Macedo falava em Campia, Vouzela, onde inaugurou o novo edifício do
destacamento local dos bombeiros debaixo de assobios e protestos de um grupo de
elementos da comissão de luta contra as portagens nas auto-estradas A24, A25 e
A23.
O
ministro desvalorizou a presença os manifestantes, cerca de duas dezenas,
considerando que o protesto constitui “um direito das pessoas”.
Num
recado mais explícito, no entanto, fez referência à fábula da formiga (a
trabalhadora) e da cigarra (a preguiçosa), contextualizando-a no contexto da
crise que o país atravessa, que disse ser “muito, muito difícil”. E falou em
“constrangimentos de soberania financeira”, referindo-se aos termos do memorando
acordado com a troika.
Para
a plateia, constituída essencialmente por bombeiros, admitiu que uma grande
parte das corporações de voluntários atravessa dificuldades e adiantou que, no
próximo ano, haverá um modelo de financiamento revisto.
O
ministro da Administração Interna mostrou-se feliz pela chegada da chuva, por
causa dos fogos florestais, e elogiou o desempenho de todo o sistema de
protecção civil “num ano particularmente difícil”, onde, lembrou, vários
bombeiros perderam a vida.
Ainda
sobre o novo modelo de financiamento para o sistema de protecção civil, disse
estar em fase de reflexão para ser aplicado em 2013. E apontou algumas
novidades num contexto em que admite a necessidade de “mais meios e
estruturas”.
O
novo quartel do destacamento dos bombeiros de Vouzela em Campia, onde estão
colocados cerca de 30 operacionais, custou 380 mil euros.´
Título
corrigido às 19h57
Alterado
o título anterior (Portugal é “um país de muitas cigarras e poucas formigas”,
diz Miguel Macedo)
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