Semana negra para o Governo
Esta semana tem sido muito negra para
o Governo.
1. Começou com a ministra da Justiça, a
alegar que “a impunidade acabou”, o que quer dizer que até aqui houve
impunidade. Isso é uma grande verdade, como já disse, temos Isaltino Morais
condenado, mas nada de execução de pena, continua à frente da Câmara Municipal
de Oeiras, não foi preso, mas foi condenado. Segue, com Macário Correia,
Presidente da Câmara Municipal de Faro, perdeu o mandato, mas continua à frente
dos destinos da Câmara Municipal. Depois vem Valentim Loureiro, também perdeu o
mandato judicialmente, mas continua a Presidir à Câmara Municipal de Gondomar.
Entretanto, também existe o caso BPN, em que o Estado foi “roubado”
descaradamente de mais de 8,3 mil milhões de euros, estando à frente desse
colossal desvio o seu antigo Presidente José de Oliveira e Costa, Neste mesmo
caso, ainda se pode adicionar Manuel Dias Loureiro, o primeiro encontra-se em
casa com pulseira electrónica, quando deveria estar na prisão efectivamente. O
segundo, anda a gastar o dinheiro desviado impunemente e continua a ser pessoa
muito considerada nos meios políticos e do “jet set” nacional. Duarte Lima,
acusado de burla ao BPN, está em casa com pulseira electrónica, também deveria
estar nos calabouços da polícia.
2. O primeiro-ministro numa visita a uma
faculdade, foi assobiado e apupado por um aluno e segundo alguns insultado, não
se ouviu qual o insulto, mas não ponho em causa essa situação. O que está aqui
em causa, é o aluno ter de ser identificado de uma atitude que se passou dento
da faculdade. Nem no tempo do fascismo isso era permitido, isto é, a polícia
não podia entrar dentro do estabelecimento de ensino para identificar ou
prender quer que fosse, havia imunidade. Julgo que hoje, 38 anos depois do 25
de Abril, essa situação não mudou, continua haver imunidade dentro dos estabelecimentos
de ensino para os alunos. Mas o que está aqui em causa, é o caso do chefe de
segurança de Passos Coelho, ter agredido o operador de câmara da TVI. Essa
situação é muito grave, numa situação normal e se o preço da câmara não
custasse uns largos milhares de euros, era caso para o operador de câmara, lhe
ter dado com a dita na cornadura do agente da polícia. Ainda estamos num estado
de direito, em que os jornalistas têm o direito de exercer a sua profissão. Sei
que para este Governo, começa a ser muito incómodo ir a qualquer lado, porque
são apupados, insultados de “ladrões, de incompetentes” e muito mais. Quem os
insulta estão no seu pleno direito de cidadania e como se diz na minha terra, “quem
não quer ser lobo, não veste a pele”.
3. Ontem para fechar a semana a dar uma
gigantesca dor de cabeça ao Governo, uma mais uma manifestação no terreiro do
Paço em Lisboa, que encheu este totalmente, ficando pessoas nas ruas
adjacentes, porque já não cabiam dentro da praça.
Foi mais uma posição de força
contra o Governo e as suas medidas de austeridade cega, que não olha a meios
para empobrecer mais as pessoas e o País. Como dentro de dias vamos ter o OE
para 2013 e que não vai ser nada meigo, presumo que rapidamente, irá haver
convocatórias nas redes sociais para mais manifestações, a fim de travar o avanço
de mais empobrecimento. É altura deste Governo começar a cortar de cima para
baixo e não o contrário, como sempre faz.
4. Por fim para encerrar a semana em
beleza, o António Borges, em Vila Moura no Algarve, disse numa conferência de
empresários, que as alterações à TSU, eram benéficas para o País, assim como
para os empresários, mas que estes são “ignorantes”, pelo que nem sequer
passavam no primeiro ano de uma turma dele. Este senhor já devia ter sido
demitido de funções desde o dia em que disse que baixar salários “não era uma
urgência, era uma emergência”. É um neonazi em força e a pessoas como estas,
devia de haver um campo de concentração tipo “Auschwitz”, onde os devíamos
colocar e dar-lhe a receita que os nazis deram aos judeus na segunda guerra
mundial.
Com uma semana destas, não é preciso
fazer muito para que o Governo caia, os ministros e conselheiros vão dando uma
ajudinha.
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