Trabalhar mais tempo...


Na minha opinião, o que deve acontecer com “toda a população”, não excluo os políticos, devem ter direito à reforma aos 65 anos, ou quando atingem 40 anos de serviço.
Ora, o que acontece, é por exemplo, haver políticos e políticas como a Presidente da Assembleia da República, que apenas trabalhou 9 anos como Juíza Conselheira no Tribunal Constitucional e de seguida reformou-se.
Desta forma, não existe justiça social, não estamos todos a ter os mesmos direitos e não me parece que os políticos só porque enveredaram por uma carreira política e alguns deles desde muito cedo, através das “jotas”, tenham direitos adquiridos de reformas muito antes dos quarenta anos de serviço. Assim, não se consegue de forma nenhuma ter sustentabilidade na Segurança Social.
Se a população vive mais tempo, mas se trabalhou os 40 anos, tem o direito de descansar, porque já deu muito de si ao País. Esta é a verdade que o senho Vítor Bento tem de meter na cabeça. Ele pode ter começado a sua vida profissional aos 25 ou 30 anos e se der 40 anos de serviço para se reformar, terá de trabalhar até aos 65 ou 70 anos. Mas quem começou a trabalhar aos 15 anos e da minha geração existem bastantes pessoas, podem e deviam reformar-se aos 55 anos se pretendessem.
Não pretendo dizer que uma pessoa que tenha trabalhado 40 anos, tenha obrigatoriamente de se reformar, isso depende da saúde da pessoa e da sua vontade. Esta é a situação que deve existir. Além disso, não se pode nem deve mudar as regras a meio do campeonato, tal como está a Lei, penso que é o ideal, mas se for para mudar, têm de ter em consideração quem já tem 40 ou mais anos de trabalho, independentemente da idade.

População deve trabalhar mais tempo, diz Vítor Bento
por Lusa, publicado por Ana Meireles
Hoje 27 de Setembro de 2012
Vítor Bento é economista e conselheiro de Estado. 

Fotografia © Álvaro Isidoro/Global Imagens
O economista e conselheiro de Estado Vítor Bento defendeu hoje que a evolução demográfica é determinante para a evolução económica de um país e que a idade da reforma deve ser estendida para ajudar as gerações "mais entaladas".
"Se a população vive mais tempo, tem de trabalhar mais tempo. É a única forma de ajudarmos a geração dos pais que é a mais entalada", afirmou Vítor Bento na conferência anual do conselho empresarial para o desenvolvimento sustentável-BCSD Portugal, que decorreu esta manhã no Centro de Congressos do Estoril, concelho de Cascais.
O economista, que falou sobre "o contexto socioeconómico dos próximos 20 anos", afirmou que quando se fazem previsões a longo prazo é preciso ter em conta duas variáveis: população e recursos, sendo a primeira "a mais importante".
"A estabilidade da Europa assenta num contrato social intergeracional que está sujeito a tensões cada vez maiores, dadas as alterações demográficas. Boa parte da crise da Europa é resultado dessa tensão", frisou.
Vítor Bento salientou ainda que a realidade do país traduz-se em desafios económicos de longo prazo que precisam de soluções a curto prazo e "esse é o grande problema".
"A única coisa que podemos ter certeza do futuro é que vai continuar cheio de incertezas", concluiu.
A conferência anual do conselho empresarial para o desenvolvimento sustentável-BCSD Portugal tem este ano como tema "Mudar o rumo: o que podem as empresas fazer pela sociedade?" e reuniu, esta manhã, vários empresários para debaterem melhores práticas para um desenvolvimento sustentável.
O encontro teve representantes de 111 empresas associadas à BCSD Portugal e contou com a presença do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e do ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira.

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