Memória curta.
Normalmente a história repete-se e os
homens têm a memória muito curta.
Quem lê o artigo abaixo, e se estiver
recordado do que se passou aquando das negociações do Governo de José Sócrates
e com a oposição da altura, PSD, CDS/PP, PCP e BE. Todos votaram contra o PEC 4
e nessa altura ao contrário que muita gente da coligação que sustenta este
Governo, o Engenheiro José Sócrates, estava mais bem posicionado na Europa, que
Pedro Passos Coelho.
Se nessa Altura tivesse havido uma
reunião dos países em dificuldades como aconteceu na passada sexta-feira, com
toda a certeza que José Sócrates estaria em Roma e não no Palácio de Belém. Mas
existe uma grande diferença entre ambos, um sabe ser Estadista e político e o
outro (Passos Coelho) não. Um lidava com a Merkel, mas não era subserviente e o
outro é completamente.
Se aquando do PEC 4, o PSD ou outro
partido qualquer tivesse votado de forma diferente, possivelmente hoje não teríamos
cá a troika. A precipitação da
escalada da subida dos juros da dívida soberana, vem no seguimento da não
aprovação do PEC 4, daí as dificuldades de obter financiamento externo.
Quanto à questão de o PS, votar contra
o próximo OE, só pode fazer isso, porque este Governo prometeu muito aos
portugueses, tanto durante a campanha eleitoral, como no Programa de Governo e
tudo o que fez foi agravar a situação do País.
Agarram-se tanto aos índices das
exportações, mas esquecem-se de revelar que só 10% dessas exportações, é
referente a saída de ouro do País. Estamos a empobrecer todos os dias, por
culpa de quem?
É óbvio que a culpa é de quem nos
governa, ou seja, PSD e CDS/PP. São eles que estão a tomar medidas de
empobrecimento geral do País, são eles os responsáveis pelas falências em
catadupa e pelo aumento brutal do desemprego. E sendo assim, pretendem o quê?
Que a oposição vote favoravelmente o seu OE para 2013, que prevê ainda mais
empobrecimento e mais da mesma receita, sabendo-se que irá aumentar ainda mais as
falências e consequentemente mais desemprego.
Portanto, quem está com memória curta
é este senhor que também além de académico, nada mais fez que ser político.
Esse é o mal deste pequeno País, à beira mar plantado. Temos praias muito boas,
temos simpatia para oferecer aos turistas, somos muito hospitaleiros, somos
trabalhadores, enfim, temos uma quantidade de qualidades, mas estamos muito mal
servidos de políticos!
Parece que estes senhores ainda não
perceberam o que é que os portugueses dizem nas manifestações, devem estar com
os ouvidos entupidos de cera ou são autistas. Porque o risco que correm, é de
haver eleições e só irem votar eles e as suas mãezinhas.
Mudem de atitude, “deixem-se de ser
piegas”, cumpram apenas o memorando da troika,
não têm de implementar mais do que está lá escrito. Tenham ética, seriedade e
honestidade…
PSD diz que Seguro
"não devia ter memória de peixe de aquário"
23.09.2012
- 19:09 Por Lusa
Fonte:
Jornal Público
O
deputado social-democrata Luís Campos Ferreira disse este domingo, no Porto,
que António José Seguro e o PS “não deviam ter memória de peixe de aquário” e
que “deviam pensar mais no país e menos na sua táctica de conveniência
partidária”.
Luís
Campos Ferreira reagia a declarações proferidas sábado pelo líder do PS que
reiterava a intenção do seu partido votar contra o Orçamento de Estado, apesar
de desistir da moção de censura na sequência do recuo do Governo na Taxa Social
Única.
“O
país tem neste momento uma péssima imagem dos políticos exactamente por haver
pessoas com responsabilidade como António José Seguro que tem um discurso
ajeitado às circunstâncias, ajeitado às sondagens, um discurso do ‘deixa ver o
que é que agrada mais neste momento’”, afirmou.
O
deputado social-democrata considerou que o PS e o seu líder “deviam olhar menos
para o seu interesse enquanto partido e mais para aquilo que é o interesse
público e não serem protagonistas de uma política de banca rota, que Portugal tem
a todo o custo que evitar”.
“Deviam
aprender com a lição de que Portugal não pode voltar a ter um governo como o
último governo socialista, que em seis anos duplicou a dívida de 90 mil milhões
para 174 mil milhões. Foi o país da Europa que mais se endividou”, disse.
O
social-democrata entende que Seguro “devia aguardar por aquilo que é a
negociação por parte do Governo, que demonstrou uma grande sensibilidade para
aquilo que se passa no país e para aquilo que o país disse em relação às
medidas anunciadas”.
“O
Governo teve a sensibilidade de perceber o país e vai amanhã mesmo
[segunda-feira] ter uma negociação com os parceiros sociais de forma a
encontrar aquilo que é uma solução orçamental que passe pela criação de
emprego, por alavancar a economia, mas também pelo acertar das finanças
públicas”, sustentou.
Assim,
defende o deputado do PSD, Seguro “não se devia precipitar e devia colaborar
com serenidade naquilo que é uma coesão nacional de saída e de solução para
este tempos difíceis que Portugal vive”.
“António
José Seguro devia aprender a lição de que Portugal não pode voltar a ter um
governo como o último governo socialista, que nos últimos três anos, 2008, 2009
e 2010, fez 40% das Parcerias Público Privadas (PPP). Deve aprender com a lição
de que Portugal não pode voltar a ter um governo que o conduza á banca rota e a
esta situação de resgate internacional”, afirmou.
Mas,
acrescentou, “António José Seguro também não pode tentar passar entre os pingos
da chuva sem se molhar. Não pode ter em relação à troika o discurso de
‘agarrem-me, agarrem-me senão rasgo o memorando, mas agarrem-me’. Não pode ter
este discurso, tem de ter um discurso claro”.
“Nós
precisamos de saber se António José Seguro quer cumprir o memorando que o
governo socialista assinou com a troika ou não quer cumprir esse memorando.
Precisamos de saber se Seguro quer que Portugal continue na zona euro ou quer
que Portugal saia da zona euro. É isso que nestes tempos difíceis se exige ao
principal líder da oposição, que não pode ter aqui memória de peixe de aquário
e deve aprender a lição com os erros do partido socialista no passado”, frisou.
Luís
Campos Ferreira referiu ainda que “em três intervenções exteriores que tivemos
em Portugal, por coincidência, todas elas foram feitas numa altura em que o PS
estava no poder. É esta lição que António José Seguro deve aprender e deve por
em prática”.
Questionado
sobre o mal-estar na coligação governamental, o deputado do PSD afirmou que “a
coligação são dois partidos, duas entidades e duas personalidades distintas.
Por isso, a coligação é um ajustamento dinâmico daquilo que é o interesse e as
convicções desses partidos com o interesse nacional”.
“Penso
que a coligação com o PSD saiu robustecida e mais forte daquilo que foi um
problema que existiu e toda a gente percebeu. Mas acho que saiu robustecida”,
frisou.
Comentários
Enviar um comentário